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VAMOS FALAR SOBRE LIMITES?

  • Marcia Ilele
  • 9 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de abr.

Quando iniciamos a aventura de educar uma criança, um dos grandes desafios que se coloca é: como construir limites de forma saudável? Atualmente existem muitas contribuições da Psicologia, da Pedagogia e das Neurociências que nos ajudam a refletir e construir, com autonomia , a melhor forma de acompanhar nossas crianças e seu desenvolvimento.

Um princípio básico que precisamos compreender é que a criança em seus primeiros meses de vida está em sua maior janela de oportunidades, mas também de vulnerabilidade. Seu cérebro e sistema nervoso ainda está desenvolvendo estruturas básicas . O ambiente e as primeiras relações, são MUITO IMPORTANTES para que esse desenvolvimento aconteça de forma saudável. A forma de se relacionar com os outros e consigo mesma já começa a ser construída nesses primeiros meses/anos de vida. E quando falamos de limites , estamos falando de relações. Vai além de aprender "o que pode" e "o que não pode". É o exercício de aprender a lidar com suas frustações, medos, insatisfações, com as suas emoções em meio a suas relações.

Quando experimentamos limitações , nos frustramos e a partir disso podemos construir uma habilidade de resiliência, de aprendizagem de superar desafios, e de simplesmente acolher a frustração como algo inerente a vida. A criança precisa que os adultos a ajudem a legendar, dar nomes, às suas necessidades e suas emoções. Está com raiva? Com medo? Com fome? Cansado? Com saudade? Satisfeito? Alegre? Em muitos momentos a criança pode pedir por comida, ou outro objeto, mas de verdade, o que ela pode estar pedindo é acolhimento, necessidade de ouvir a voz do cuidador, de um olhar atencioso. Ela apenas não sabe pedir por isso . E sem saber comunicar suas reais necessidades, pode "passar do limite"... comer demais, gritar demais, demonstrar excesso de agitação.

A relação com os cuidadores, o vínculo é uma necessidade básica da criança! É através do vínculo que ela desenvolve seu sistema nervoso. É através do vínculo que vai aprender a se acalmar, se regular de forma sadia. Desafiador? Sim! Para estar aberto para esta relação é preciso que os cuidadores cuidem de si mesmos, aprendam também a nomear o que sentem e compreendam o que os faz ultrapassar seus limites. Quando percebemos que uma criança "está sem limites", geralmente o que ela precisa é de presença real de seus cuidadores. Para que lhe traga contorno, que traga significado para o turbilhão de emoções e novidades que seu pequeno corpo está experimentando.


Os limites são fronteiras, mas também são caminhos que ampliam nossas possibilidades!


Mayume Gonzaga

Psicóloga da Creche Escola Malta Miúda


 
 
 

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